segunda-feira, 23 de abril de 2012

O Quarto Poder


          O filme discute a falta de ética jornalística e a manipulação das notícias, e mostra claramente a influência da mídia: controla comportamentos, opiniões, atitudes de toda uma sociedade.

       No filme “O quarto poder” (Mad City,1997) o personagem vivido por John Travolta, Sam Baily, quer ter de volta seu emprego no museu. O ex-guarda vai munido de arma e dinamite, mesmo sem a intenção de usá-los. Ele é uma pessoa simples, que coloca como reféns crianças e duas mulheres sendo que uma delas é a dona do estabelecimento. Sam acidentalmente fere o seu colega de trabalho, que está do lado de fora, e a partir deste momento desencadeia-se uma dramática situação dentro do museu. Enviado para fazer uma matéria sobre a falta de pagamento dos funcionários, Max Brackett (Dustin Hoffman), busca uma notícia para sair do ostracismo. E é dentro do banheiro que faz contato com a TV em que trabalha. Logo após a notícia se espalha em segundos.
        
     A simplicidade de Sam é percebida pelo repórter, que o manipula para conseguir uma entrevista exclusiva. Do lado de fora, além de repórteres e milhares de câmeras, há pais desesperados e a população que não sabe o que pode acontecer.
          
        O âncora de TV, rival de Max, Kevin Hollander no princípio não dá importância ao fato, mas quando vê que os acontecimentos vão tomando grandes proporções, viaja até o local e vai à procura de Max. Numa reportagem, Kevin edita os comentários, tudo para acabar com a reputação do ex-guarda. Neste caso o público fica contra. Observa-se como a aprovação do personagem oscila de acordo com a exbição das reportagens na TV. Quando mostravam imagens a favor, por exemplo, ao redor do museu onde haviam barracas que vendiam camisas com escrito “Heroi”  e  até comidas de todo tipo, ele se mostrava arrependido, mas quando aparecia a histeria do público ele se revoltava.
         
         Max Brecktt percebendo que tudo levará a um fim trágico, tenta salvar a vida de Sam, sem êxito.
      
         
          Hoje vemos que o jornalismo procura boas histórias, furos de reportagens, procurando o melhor da mídia, buscando hérois (para seus minutos de fama), mesmo sendo levados para o sensacionalismo.  A mídia é o quarto poder. O jornalista se posta como observador, ele é o testemunho do testemunho, portanto seu texto é na terceira pessoa. Segundo Mayra Gomes Rodrigues, em seu livro “Jornalismo e ciência da linguagem”, ela fala exatamente sobre isso: “O jornalismo é pensado como um quarto poder, exercido paralelamente pela vigilância sobre os outros três que constituem o Estado de Direito.” O jornalista comporta-se como terceiro que se arrisca na investigação dos fatos. Max Brecktt é visto assim.
       
      O jornalismo deve proporcionar à sociedade, alternativas para a compreensão, para uma reflexão digna, para assim, via princípios de ética moral, transmitir informações com a imparcialidade, evitando confundir a opinião pública. 

Por Ana Luisa Altieri e Tatiana Campello

sexta-feira, 20 de abril de 2012

ANJ e FENAJ: análise

     Em ambos os códigos (ANJ e FENAJ) são orientados por valores como a busca da verdade, a veracidade e a precisão de informações. Também incluem-se: a liberdade de expressão, o livre exercício da profissão, direitos dos seres humanos,livre iniciativa, princípios constitucionais. 

     No Código de Ética e Autorregulamentação da ANJ não está explícita a natureza da profissão. Esta por sua vez está explícita no Código da FENAJ, no Art 3° e tem como complemento o Art 4°. A profissão do jornalista é de natureza social e finalidade pública. O seu compromisso é com a verdade no relato dos fatos, a apuração deve ser precisa e divulgada corretamente.
             
     Dever é uma obrigação moral e ética, por tanto nos dois Códigos apresentados, há um detalhamento dos deveres fundamentais: a verdade, divulgar fatos de interesse público, defender o exercício da profissão, combater a ilicitude e respeitar o direito à privacidade do cidadão. No entanto são direitos da profissão: a informação, o sigilo das fontes e direitos autorais.

       A questão da responsabilidade social está relacionada com as medidas de qualidade, que são cobradad pelas empresas, para nãov perder consumidor/receptor . No capítulo III, artigo 10° da Fenaj: "A opinião manifestada em meios de comunicação deve ser exercida com responsabilidade". Trata-se a responsabilidade como técnica de sobrevivência. No Código da ANJ, item 5: "Assegurar o acesso de seus leitores às diferentes versões dos fatos e às diversas tendências de opinião da sociedade", esta é uma tendência pluralista, que visa a divulgação de várias linhas de raciocínio, valendo-se o uso da responsabilidade, pois estará veiculando até mesmo críticas.

                 Nos dois códigos não está explícito o conceito de interesse público. Os dois convergem quando defendem a informação como interesse público.
                 
                 A liberdade de expressão está presente, afinal é um dos valores que orienta os códigos. Na ANJ está no item 2: "Sustenta a liberdade de expressão, o funcionamento sem restrições da imprensa e o livre exercício da profissão" e na FENAJ no artigo 2º: "A liberdade de imprensa, direito pressuposto do exercício do jornalismo, implica compromisso com a responsabilidade social inerente à profissão".


Por Ana Luisa Altieri

Censura Web


Pode parecer brincadeira, mas uma marchinha do carnaval mineiro foi censurada este ano. Tudo porque a letra se tratava de uma crítica ao vereador Leo Burguês  e sua mania de pagar fortunas pela dúzia de coxinhas (quem não lembra do episódio? http://migre.me/8LrfN).

Durante o carnaval, o advogado do político entrou em contato com Flávio Henrique, autor da marchinha, e “propôs” que ele retirasse a música da web pois ela causava dano moral ao vereador. O autor, temendo a represália, cuidou logo de tirar o seu da reta e apagou a musica da internet. 

Confira a letra:
Não sei se é ladrão,
Pervertido ou pederasta
Tem gente metendo a mão
Na coxinha da madastra (bis)
Milhares de reais por mês
Pro lanchindo do burguês.
O nosso dinheiro ele gasta
Na cozinha da madrasta
Tira a mão, tira a mão
É hora de dar um basta
A grana da população foi parar na cozinha da madrasta
Agora BH já tem Édipo e Jocasta
Burguês pôs o seu cigarrete na coxinha da madrasta
Milhares de reais por mês pro lanchinho do burguês.
O nosso dinheiro ele gasta na cozinha da madrasta
Tira a mão tira a mão
É a hora de dar um basta
A grana da população foi parar na cozinha da madrasta.


As discussões na maioria das vezes ficam concentradas na proibição da censura imposta pela Constituição de 1988, o que é válido, mas no caso foi a tentativa de barrar a liberdade de expressão que suscitou grande repercussão da sátira. Flávio Henrique postou na sua página do facebook qual era o motivo da remoção da música da web. Os internautas ficaram indignados com o vereador e abusaram das redes sociais para divulgar a letra da marchinha.
Leo Burguês descobriu da pior maneira que uma verdade contada em refrão chiclete + repressão política é igual a incansáveis compartilhamentos! Receita do sucesso da crítica! Os políticos ainda não tomaram consciência que a censura só tinha êxito enquanto a internet não era disseminada. Um mérito para os internautas, que provaram mais uma vez que unidos a arbitrariedade política, é sim, censurada.


Por Ana Clara Maciel de Faria

terça-feira, 17 de abril de 2012

Liberdade de expressão e libertinagem de expressão são coisas diferentes

Todos nós temos garantido por lei, comunicólogos ou não, o direito à liberdade de expressão. Mas, o maior problema está em saber usá-lo. Quando usá-lo, como usá-lo e si usá-lo. Você tem todo direito de se expressar da forma como achar melhor para dizer tudo aquilo que pensa. Mas, antes de fazê-lo, pense bem nas palavras ou infografias que serão usadas. O problema não está no que você diz e sim na forma como você o faz.

Há alguns anos o casal Nardoni foi acusado de jogar uma criança pela janela e matá-la. Ok, todas as evidências estavam contra eles. Porém, eles nem haviam sido julgados e a revista Veja estampa em letras garrafais na sua capa: FORAM ELES. Espere aí: quem disse à equipe da Veja que FORAM ELES? Qual juiz anunciou tal sentença? Porquê só a equipe da Veja, no Brasil e no mundo, foi convidada para o FORAM ELES?

É hora de para e pensar e saber administrar a liberdade e a influência que o crachá de comunicólogo expõe na sua cara.

Kelly Marinho

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Análise dos Códigos de Ética

   Analisando os Códigos de Ética da ANJ e da Fenaj é possível perceber que ambos incluem valores e 
preceitos fundamentais à busca da verdade, a veracidade e a precisão de informações. A profissão do jornalista é de natureza social e finalidade pública. O seu compromisso é com a verdade no relato dos fatos e a apuração deve ser precisa e divulgada corretamente.
   Em relação aos direitos e deveres da profissão, os códigos são bastante claros ao revelar que o jornalista tem direito à divulgação, à preservação de fontes e à informação. É dever do profissional divulgar fatos de interesse público, defender o exercício da profissão, respeitar o direito à privacidade do cidadão, diferenciação do material jornalístico do publicitário, lutar pela liberdade de pensamento e de expressão, entre outros.
Além disso, o código de ética da Fenaj acrescenta que o jornalista deve publicar seu material com precisão e correção, deve-se opor ao arbítrio, ao autoritarismo e à opressão, respeitar o direito autoral e intelectual do jornalista, denunciar as práticas de assédio moral no trabalho às autoridades e combater a prática de perseguição ou discriminação por qualquer motivo.
   O código de ética da Fenaj cita também que o jornalista é responsável por toda a informação que divulga.

   ----> Liberdade de expressão é o direito de manifestar livremente opiniões, ideias e pensamentos. É um conceito em que as democracias modernas se baseiam e trata-se de um direito humano. Na minha opinião, o direito à liberdade de expressão garante a qualquer indivíduo a possibilidade de se manifestar, buscar e receber informações, facilitando os ideais e o convívio da sociedade.


  • Postado por Rafaela Borges - 3º G