quarta-feira, 30 de maio de 2012

Câmera escondida

         O uso de câmeras escondidas e microfones ocultos, em produções jornalísticas, não é novidade. É um tema que gera polêmica e opiniões diversas. O fato é que a tecnologia está facilitando cada vez mais a exploração desses instrumentos. As imagens são sedutoras para quem assiste e facilitadoras para quem grava. O código de ética dos jornalistas, se mostra pouco claro quanto a essa questão, então o dilema é saber o limite entre o necessário e o abusivo, e até que ponto o repórter pode ir como “detetive” na busca por noticia. 

     
     O interesse público é o que legitima o uso das gravações escondidas, mas a questão é avaliar todos os fatores: o interesse da sociedade em ter informações, o direito, legitimo, de todo cidadão a privacidade, e o fator principal que envolve esse tipo de ação, que é a segurança. Afinal, é de extrema responsabilidade do jornalista a proteção de fontes, a sua e de sua equipe. Fica então como um verdadeiro dilema ético para os jornalistas enfrentarem: É aceitável gravar sem ser notado?

(entrevistamos várias pessoas para comparar opiniões e entender se é certo ou errado, ético ou condenável, o uso desses mecanismos)






Por Rafaela Borges e Raquel Couto



sexta-feira, 25 de maio de 2012

Diploma de jornalismo: obrigatório ou não?




           
            A  questão do diploma não interfere drasticamente no trabalho no dia-a-dia, mas sim na valorização da profissão. Quem gosta de um bom jornalismo procura sempre profissionais qualificados. Portanto a qualidade não diminuiu. O mercado ainda exige bons profissionais, e se este possui o diploma, terá mais vantagens e conseguirá melhores empregos.
         O Supremo Tribunal Federal confundiu liberdade de expressão, um direito de cada cidadão, e liberdade de imprensa com função pública.

Para se contratar jornalistas é obrigatório ter o diploma?
Profissão de jornalista é regulamentada, tem requisitos para ser estabelecidos: como por exemplo o profissional para obtê-lo tem que ter diploma.


A regulamentação da profissão existe?
A lei exige sim o diploma, mas a lei está sendo questionada, o assunto está sob júdice. Foram apresentadas liminares.
- A nossa profissão e regulamentada a 70 anos. Em 1938 o governo de Getúlio Vargas já falava da necessidade do diploma. Depois vieram outras regulamentações 1969, 1979. Uma regulamentação estabelece várias condições, e uma delas é o diploma.

Por que está na mídia este assunto?
A maioria dos donos da mídia questionam a regulamentação da profissão. No Brasil há um segmento empresarial de comunicação muito conservador, que quer deixar tudo desregulamentado. Desregulamentando-se a profissão de jornalista, vão querer desregulamentar outras profissões. E com isto deixa-se cumprir não só preceitos legais como também direitos trabalhistas.
Na nossa regulamentação estabelece a jornada de trabalho em 5 horas, depois que tiraram o diploma, isso modifica-se.
Contradição: com as novas tecnologias, os proprietários vão querer pessoas qualificadas.
- O jornalista tem que buscar qualificação. Ele tem que entender a realidade, nosso mundo é muito complexo, pois a informação exerce uma interferencia cultural, social e política muito grande.
- O profissional que lida com a informação precisa de uma boa formação acadêmica.

O diploma interfere na liberdade de expressão?
Este argumento é de quem é contra o diploma. O MPF utiliza este argumento de que estaria cerceando a liberdade de expressão. A FENAJ discorda totalmente. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Uma coisa é liberdade de expressão, que é um direito constitucional de todos os cidadãos e outra coisa é o exercício da profissão.
- Na Constituição Brasileita um dos incisos do art 5 garante a liberdade para o brasileiro exercer qualquer profissão, desde que satisfaça as qualificações que a lei estipular.
Qualquer pessoa pode ser jornalista, desde que faça curso de jornalismo.
DIPLOMA: formação necessária para o indivíduo trabalhar com a informação de qualidade para a sociedade.
FORMAÇÃO DA ÉTICA: a formação não é só técnica, ele também tem a função de interpretar a realidade. E nessa interpretação a conduta ética é fundamental, para exercer com responsabilidade a profissão.


Por Ana Luisa Altieri e Tatiana Campello

sexta-feira, 18 de maio de 2012

A caixa do poder!



A falta de responsabilidade por parte das pessoas que controlam a mídia é grande. Principalmente por aqueles que controlam a televisão e a utilizam como principal meio de propagar suas ideologias. Dessa massificação surgem pessoas incapazes de julgar e decidir conscientemente sobre os valores que permeiam a sociedade, assim passam a adotar a visão imposta por uma empresa, que obscuramente trabalha seus interesses.

Aquilo que o homem criou para facilitar o processo de comunicação e, consequentemente, promover as diferenças culturais e a liberdade de expressão, hoje é dominada por poucos que abusam do poder sem medir esforços para alcançar seus objetivos. Principalmente por conta de uma ausência reguladora por parte do estado.

O estado, além de mostrar-se omisso, concede aos empresários o livre arbítrio de escolher aquilo que a população receberá de informação. Como em uma espécie de teia, os poderes no Brasil estão ligados ao poder da mídia e trabalham conjuntamente para impor uma ideologia dominante e conformista, que pressiona as pessoas a agirem, comportarem e, pensarem igual aquilo que lhes é passado como verdadeiro.

Dentro deste panorama, a liberdade de expressão e as diferenças culturais são ofuscadas perante um pensamento dominante. O direito a comunicação fica comprometido simplesmente pela monopolização e oligopolização dos meios. A falta de regulação empresarial no ramo comunicacional questiona os princípios contidos na Constituição de 1988. O que mostra que no Brasil, possuímos um sistema legislativo, judiciário e executivo incapaz de prevalecer as regras contidas no texto que rege as normas no país.

Wendell Spadano 

terça-feira, 15 de maio de 2012

Câmera escondida

Alguns dizem por aí que "vale tudo, só não vale homem com homem e nem mulher com mulher"; outros que "tudo vale à pena quando a alma não é pequena" e outros ainda que "a ocasião faz o ladrão". Mas será que vale tudo mesmo? Sou obrigada a concordar que quando se trata de jornalismo investigativo vale mesmo, qualquer coisa, disfarce, câmera escondida, qualquer coisa. Mas, daí a fazer disso uma rotina... Um trabalho de polícia, de detetive, pura e simplesmente, não.

Caco Barcellos é o mestre dos mestre quando o assunto é investigação. Ele lança mão de tudo... Mas tudo mesmo para apurar e chegar onde quer... Mas, tudo tem um propósito, um lado, um objetivo. Aí, sim, vale mesmo. Principalmente, quando a questão está relacionada àqueles que estão à margem da sociedade.

Eu não sou contra à câmera escondida, absolutamente. Mas, acho que a coisa não pode debandar para um lado um pouco perigoso ou digamos assim antiético. Tudo nessa vida e nesse mudo de meu Deus deve ser feito com classe, profissionalismo e ética antes de tudo. Caso você, jornalista, esqueça um desses três itens para trás. Volte lá, pegue-o. E não solte-o nunca mais. No mais siga em frente... Corra atrás... Vai... põe a cara pra bater e o "pau pra quebrar" desde que você saiba onde está pisando, com quem está lidando e tenha a dimensão real da encrenca em que está se metendo.

Cuidado, meu caro, para não meter o nariz onde não é chamado e terminar com a boca cheia de formiga no dia seguinte em nome de furo e com a câmera escondida... em algum lugar por aí...

Kelly Marinho

quarta-feira, 9 de maio de 2012

$$$$

Juro que não sei se é interessante ou frustrante descobrir que até os MCM estão no meio de poucos. Você deve ter me julgado a mais ingênua das ingênuas e deve estar querendo me dizer que isso "é mais velho que andar pra frente".

Mas, devemos estacionar o carro, desligar o celular e pensar um pouco. Tudo nesse Brasil gira na mão de poucos ou quase "nenhuns" e vamos combinar que isso é uma vergonha.

Cara, somos estudantes de Comunicação Social, especificamente Jornalismo, e você acha que vai trabalhar onde? Com quem? Se tens um padrinho tenho toda certeza que as coisas vão ficar bem mais fáceis no país do jeitinho e do QI. Mas, a grande maioria rala, sua a camisa, come o pão que o sujeito amassou com o rabicó para se formar e depois não tem nem gaveta para colocar o coitado, pois para se formar ele teve que vender até a casa....

O brasileiro, o ser humano está vendendo e comprando com o dinheiro o que não se vende e o que nunca deveria ter como comprar... espaço é espaço... mesmo no céu... é meu, é seu, é dos passsarinhos... já pensou se um bando de gaivota resolve comprar a rota Rio-São Paulo-Minas e em comum acordo sabe-se lá com quem nunca mais sair de lá? Não pense que estou brincando estou tentando só te mostrar que os donos dos MCM são abútres donos do céu, da terra, do rádio e da TV da sua casa.

Kelly Marinho

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Muito Além do Cidadão Kane


  Muito Além do Cidadão Kane foi um documentário, datado de 1993, que possua polemicas até na sua produção, fala-se que foi produzido pela BBC de Londres, outras fontes falam que foi a Channel 4, também de Londres e também fala-se que é uma produção independente. Mas bem mais polêmico é seu conteúdo.
  O filme trata da Rede Globo e seu poder no país, poder de informação e credibilidade popular, e dá exemplos de onde esse poder foi utilizado de maneira manipuladora, polarizada e antiética.
  O Documentário se inicia dando um panorama geral do Brasil, sócio-politico-econômico e daí passa a tratar da comunicação do país, mostrando o inicio das principais emissoras de TV e principalmente a Globo.
  É denunciada no filme uma ”camaradagem” entre Globo e a ditadura militar brasileira, onde a emissora noticiava os fatos mais interessantes para ela mesma e sua sobrevivência no regime da censura. A Globo tinha suas novelas que rendiam muito com anunciantes e publicidade e aumentava seu poder econômico e simbólico cada dia mais, sem comentar as atrocidades cometidas pela ditadura.
  Talvez as denuncias mais sérias dadas no filme acontecem quando o tema das eleições do governo do Rio, onde Brizola venceu, porém as pesquisas que foram veiculadas não condiziam com a realidade e poderiam estar ligadas a um golpe que aconteceria, e nas eleições diretas, logo após o regime militar acabar, na disputa Collor e Lula, é abordada. Contando com depoimentos de jornalistas de cargos altos e outros envolvidos na época o filme relata que a Globo, pode ter manipulado a eleição através de publicidade a favor do candidato Collor e com um debate que foi editado para favorecer Collor diminuindo também a imagem de Lula.
  O filme trata das maneiras absurdas e tendenciosas em que são geradas as concessões dos meios de comunicação do Brasil, fala da Globo como parceira do poder, independente de qual for esse poder e das técnicas de manipulação que a emissora já se utilizou nos seus anos de vida. Um filme polêmico e assustador, que vale a pena ser assistido, para que possamos julgar melhor a informação que nos é dada diariamente.



Bruno Baptista Miranda e Eduardo Zica


sexta-feira, 4 de maio de 2012

12 homens e uma sentença - “A vida está em suas mãos, a morte em suas mentes”



  Clássico dirigido por Sidney Lumet nos ensina a pensar e a duvidar

O filme “Doze homens e uma sentença” conta a história de um jovem que está sendo julgado por ser acusado de matar o próprio pai, e depende dos 12 jurados – identificados por números – para receber a sentença.
O desenrolar da história – que se passa numa sala pequena e abafada, dando a impressão de sufoco – acontece quando o jurado número 8, interpretado por Henry Fonda e único a estudar o caso antes de julgar, tenta convencer os demais que o réu pode ser inocente. Nesse momento, percebe-se que a personalidade de cada jurado tem uma ligação com seu ponto de vista sobre o caso. Da irritação de um empresário que sofre com o desprezo do filho e a indiferença de um vendedor, ao preconceito do dono de uma oficina e indecisão de um publicitário, o arquiteto Davis – jurado número 8 – consegue, através de experiências do dia-a-dia, convencer todos os jurados que o jovem é inocente.



Com base no código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, a informação deve ser divulgada com total veracidade, buscando provas que comprovem as informações de interesse público, onde os dois lados devem ser ouvidos em casos de acusação e defesa.
Além de ser um exemplo da atuação de alguns profissionais do jornalismo hoje em dia, o filme mostra que, para a comodidade de todos, uma opinião praticamente unânime julgaria o caso. O personagem interpretado por Henry Fonda pode ser visto como exemplo do comportamento que um verdadeiro jornalista deve seguir.
Assim, concluímos que, só se pode divulgar uma notícia após a comprovação de sua veracidade. O jornalista tem que estudar os casos e ser imparcial, sem misturar sua vida pessoal ou interesse individual com o assunto em questão. Também não se deve priorizar apenas a agilidade para dar a notícia (mostrando o sensacionalismo), mas sim a qualidade dela.

Ana Cláudia Lima e Stefânia Firmo