sexta-feira, 16 de março de 2012

País de todos?

Já diz o próprio ditado,
  " Brasil, um país de tolos!"
                Brasil, um país onde o público tem sede de informações, entra em divergência com os grandes propagadores da mesma.
                 Os grandes divulgadores de noticias são barrados pela fronteira que o Estado impõe a respeito de divulgação de algumas informações que envolvem o interesse público. O exercício do jornalismo é guiado pelo Código de Ética e Autorregulamentação, estabelecido pela Associação Nacional de Jornais (ANJ) e o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, feito pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), contudo, nem todas as regras básicas para se divulgar uma informação são seguidas pelos jornalistas. A grande questão que gera indignação e uma enorme polêmica, é a censura do país com relação aos jornais pois, segundo o código de ética da ANJ, todo jornal deve sustentar sua liberdade de expressão, o livre exercicio da profissão e um funcionamento sem restrições à imprensa, mas não funciona exatamente assim, somos submetidos a todo o momento a uma censura enorme.  
                


          Um grande exemplo de censura é a do jornal "O Globo", fundado por Irineu Marinho e assumido, após a morte do fundador, pelo seu filho mais velho, Roberto Marinho, que ficou próximo do fim, em 1954 por se mostrar opositor ao governo do país que na  época estava nas mãos de Getúlio Vargas e censurado pelo mesmo. Após a manifestação do jornal contra o governo, Roberto Marinho foi acusado de ser o mentor intelectual da Ditadura Militar, apoiada por ele em matérias no jornal. Além de ter levado o nome da família Marinho e da Rede Globo em 1986 como manipuladores nas eleições para governador do Rio de Janeiro, onde Lionel Brizola venceu, já em 1989, no caso mais polêmico do Jornal Nacional (JN), também de sua autoria, Roberto Marinho foi acusado de manipular o debate de segundo turno entre Fernando Collor e Luíz Inácio Lula da Silva, ajundando o primeiro a ser o eleito.  O caso da censura na época de Roberto Marinho é apenas mais um dos quais os jornalistas tem de enfrentar em suas carreiras, por serem imagem de um representante público.
                Podemos dizer que a censura é camuflada sob o nome de "regulamentação" das  programações exibidas na televisão,  para que os programas sejam adequados aos horários e públicos alvos,  assim como há também as classificações indicativas, que identificam qual parte da população deve ou não assistir, ser informado, participar e saber de determinado tema. A maior diferença entre a censura praticada atualmente e a da época de ditadura militar é que, naqueles tempos difíceis, a censura era política e não passava do abuso do poder político,  ou seja, tudo que se era divulgado precisava de uma aprovação do governo e, em alguns casos extremistas o opositor ao regime era exilado como, Geraldo Vandré, autor da canção mais popular da época "Pra não dizer que não falei das flores", idenficada pelo regime como uma música que incitava as manifestações contra eles. E h
oje, a censura esta diretamente ligada à economia, ao capitalismo, pois o maior critério de noticiabilidade atual é a audiência, o que vende, o patrocínio. Não pode-se dizer que o pais está na mesma situação do regime militar, mas ainda temos muito o que evoluir para nos tornarmos "o País de todos" 





por: Julia Falconi e Laís Seixas

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